Sant’Ana foi a mãe da Virgem Maria e avó de Jesus Cristo. As primeiras referências a ela vêm do Proto-evangelho de Tiago, um texto que não consta na Bíblia, e em outros textos apócrifos.
De acordo com a tradição, Ana era filha de Natã, sacerdote belemita, e de Maria. Suas duas irmãs mais velhas eram Maria de Cleofas, mãe de Salomé, e Sobé mãe de Santa Isabel, que geraria São João Batista.
Ana casou-se com São Joaquim e por muitos anos permaneceu estéril. Só concebeu quando estava com uma idade avançada e deu a luz a Maria, que teria nascido por volta de 20.a.C.
O culto a Sant’Ana difundiu-se no Oriente, e no século VI o imperador Justiniano mandou construir um templo em sua homenagem em Constantinopla.
Nos séculos seguintes a veneração à Santa expandiu-se também pela Europa. Em 1503, Leonardo da Vinci pintou o quadro “A Virgem, o Menino e a Sant’Ana”. A obra encontra-se no Museu do Louvre, em Paris.
Em 1584, uma bula do papa Gregório XIII instituiu uma festa, comemorada no dia 26 de julho, mês que passou a ser denominado “Mês de Sant’Ana”.
Sant’Ana é venerada como a padroeira das mulheres casadas, especialmente as grávidas, tornando seus partos rápidos e bem sucedidos. É também protetora das viúvas, dos navegantes e marceneiros.
Sant’Ana teria falecido pouco depois de apresentar Maria no Templo, consagrado a Deus, quando a filha estava com apenas três anos de idade.
Os dados históricos da imagem que passamos a relatar foram extraídos do livro “História do Município de Carandaí”, de autoria do Professor João Paulo Ferreira de Assis.
“Não se sabe bem se é do século XIX ou do século XX, ou mesmo do século XVIII, mas no atelier onde foi restaurada, crê-se que seja uma imagem oitocentista ou novecentista. Nós, por nosso turno cremos que poderia ser oitocentista. Suas dimensões: 1 metro e dez centímetros de altura por 44,5 centímetros de largura e profundidade de 40,5cm.
Aliás, não há certeza nem mesmo a quem a imagem pertenceu. Pode ter sido de Ana Rita da Conceição ou de Ana Joaquina da Assunção, ou mesmo de Ana Rosa de Queiróz, avó materna do Barão de Santa Cecília, ou de Ana Maria do Pilar, sogra de Ana Rosa e bisavó do mesmo Barão. Salvo engano, ela pode ter sido das duas primeiras mencionadas, porquanto se fala em uma provisão de 1828, já mencionada no subtítulo “A primitiva Capela de Sant’Ana”.”